quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Todo poderoso


Quando as pessoas passam por uma crise muito forte, como escapar de um acidente com vida, a maioria decide viver de maneira diferente. Reconhecem que a vida é maravilhosa e que não devem perder tempo com besteiras, com brigas inúteis, mau humor. Que estão aqui para buscar a felicidade. Felizmente nunca passei por um momento destes, mas sei que não preciso viver todas as experiências para aprender o que é melhor. Uma boa observação na vida dos outros pode tornar a nossa mais feliz e tranqüila. E repetir erros é tolice.
Isso significa que não posso reclamar de nada, minha vida é equilibrada e só tenho pessoas maravilhosas perto de mim. Quando acontece alguma dificuldade, o apoio também aparece. Pela minha lógica isso não é nenhum privilégio divino, ou talvez até seja, mas acredito que é o modo como encaro os problemas. Pode ser a famosa lei da atração. Pensar de maneira positiva e em soluções em vez de desculpas facilita muito.
Visitando a loja de uma amiga na semana passada, elogiei tudo, porque acho tudo realmente de bom gosto. Nem tudo serve para mim e nem por isso deixa de ser bem feito e bonito. Experimentando as roupas costumo dizer que quando a pessoa é simpática tudo fica bem. Ela dá gargalhada e diz que sou o oposto de outras pessoas, que entram na loja e só dizem que nada lhes agrada, mas acabam elogiando as mesmas peças em outras clientes.
Ainda pensando nisso, troquei de canal na televisão e o filme era “Todo Poderoso”, com Jim Carrey (Bruce) como um jornalista que assume o lugar de Deus (Morgan Freeman) por um tempo. Em uma cena do filme, Bruce sofre um acidente e o enfermeiro diz na hora em que ele acorda:
- Alguém lá em cima gosta de você.
Acredite nisso, de verdade, mesmo que no momento, esse alguém seja apenas a vizinha do apartamento de cima.