Adoro viajar, mas a viagem me preocupa. Isto até chegar e sentir aquele alívio, não aconteceu nada de ruim. Viagens de carro são muito estressantes. Temo as estradas, os acidentes, a velocidade. As notícias são de morte, e na véspera dos feriados somos bombardeados com apelos e tragédias. As estradas são ruins, os motoristas talvez, os carros muito velozes. Isso tudo acaba fazendo do trajeto um peso ou uma nódoa na viagem.
Os pais nos alertam para que tomemos cuidados, os amigos também. As crianças não vão brincando ou lendo no bando de trás, vão com os pescoços esticados tentando olhar para ver onde os pais irão conduzi-los.
Mas como chegar sem percorrer? Como viver sem conhecer outros lugares, sem visitar um amigo distante, um parente?
Da mesma forma, na vida toda, os percursos são muitas vezes mais importantes que o próprio objetivo.
Todos sabem quanto precisamos de estradas melhores, de pessoas que dirijam melhor, que não bebam antes de dirigir. De jovens mais preparados para tudo, ainda mais para conduzir um carro. E até mesmo para quem passe ileso enquanto tudo isso não melhorar, ficará sempre uma tristeza, um pesar por quem morre no caminho. Como no poema “De Repente, a Morte” do Affonso Romano de Sant’Anna – “Em 20/30 anos quantas mortes morrerei na morte dos demais?”.
Tristezas a parte, um aliado nas viagens é o telefone celular, usado para acalmar a família. É até cômico, as pessoas param para tomar um café e já ligam – “Mãe, está tudo bem, estamos aqui fazendo um lanche”.
Outros, na rua, caminham e falam, sorriem, balançam a cabeça afirmativamente. Está tudo bem.
Os celulares produzem cenas engraçadas. O meu, é a prova de água e antifurto. Sim, já caiu no vaso sanitário, antes do uso, e sobreviveu. Desmontei, sequei com o secador de cabelos e tudo funcionando. Anti-roubo porque assaltaram uma clínica onde eu estava aguardando uma consulta. O bandido decretou – dinheiro e celular na mão. Não pegaram meu telefone nem meu dinheiro, dos outros levaram tudo. E olha que ele não é tão simples e nem tem uma coisa piscante pendurada. Acho que foi pura sorte.
Outro dia estava aguardando com uma moça em um consultório. De repente o telefone dela tocou, uma música muito esquisita. Ela atendeu. Era o “Tchucotchuco”, namorado dela. Começou uma conversa das mais melosas. Ela pedia para ele:
- Diz que me ama vai?
Acho que ele respondia. Ela pedia:
- Fala quanto “Tchucotchuco”.
Ele falava. Ela insistia:
- Manda um beijo amor, manda?
Ele mandava, acho. Então ela exigia:
- Diz aonde amoreco!!!
Eu fiquei doida para saber, por que nessa hora ela quase teve um orgasmo.
Que viagem!!!
Os pais nos alertam para que tomemos cuidados, os amigos também. As crianças não vão brincando ou lendo no bando de trás, vão com os pescoços esticados tentando olhar para ver onde os pais irão conduzi-los.
Mas como chegar sem percorrer? Como viver sem conhecer outros lugares, sem visitar um amigo distante, um parente?
Da mesma forma, na vida toda, os percursos são muitas vezes mais importantes que o próprio objetivo.
Todos sabem quanto precisamos de estradas melhores, de pessoas que dirijam melhor, que não bebam antes de dirigir. De jovens mais preparados para tudo, ainda mais para conduzir um carro. E até mesmo para quem passe ileso enquanto tudo isso não melhorar, ficará sempre uma tristeza, um pesar por quem morre no caminho. Como no poema “De Repente, a Morte” do Affonso Romano de Sant’Anna – “Em 20/30 anos quantas mortes morrerei na morte dos demais?”.
Tristezas a parte, um aliado nas viagens é o telefone celular, usado para acalmar a família. É até cômico, as pessoas param para tomar um café e já ligam – “Mãe, está tudo bem, estamos aqui fazendo um lanche”.
Outros, na rua, caminham e falam, sorriem, balançam a cabeça afirmativamente. Está tudo bem.
Os celulares produzem cenas engraçadas. O meu, é a prova de água e antifurto. Sim, já caiu no vaso sanitário, antes do uso, e sobreviveu. Desmontei, sequei com o secador de cabelos e tudo funcionando. Anti-roubo porque assaltaram uma clínica onde eu estava aguardando uma consulta. O bandido decretou – dinheiro e celular na mão. Não pegaram meu telefone nem meu dinheiro, dos outros levaram tudo. E olha que ele não é tão simples e nem tem uma coisa piscante pendurada. Acho que foi pura sorte.
Outro dia estava aguardando com uma moça em um consultório. De repente o telefone dela tocou, uma música muito esquisita. Ela atendeu. Era o “Tchucotchuco”, namorado dela. Começou uma conversa das mais melosas. Ela pedia para ele:
- Diz que me ama vai?
Acho que ele respondia. Ela pedia:
- Fala quanto “Tchucotchuco”.
Ele falava. Ela insistia:
- Manda um beijo amor, manda?
Ele mandava, acho. Então ela exigia:
- Diz aonde amoreco!!!
Eu fiquei doida para saber, por que nessa hora ela quase teve um orgasmo.
Que viagem!!!