quinta-feira, 24 de maio de 2007

E o tempo passa


Logo que retornei das férias já ouvi as pessoas dizendo que depois das férias o tempo passa voando. Quando percebemos já é fim do ano. Continuou assim, elas dizendo que depois de agosto sim o ano já termina, que o Natal já está aí. Isto me dá certa inquietação, irritação até. Eu estou ali tranqüila, curtindo meu dia e alguém vem dizer que ele vai acabar, e outros vão passar sem que eu aproveite. Minha resposta, é que não é nada disso, afinal, em um segundo a vida gente pode virar de pernas para o ar. E os caminhos serão outros, talvez bem mais longos.
Alguns me respondem com a Teoria da Ressonância de Schumam, um físico alemão que constatou que a Terra é cercada por um campo eletromagnético muito forte, que possui uma ressonância mais ou menos constante. Esta freqüência também afetaria o cérebro humano. Por milhares de anos a freqüência permaneceu constante, mas na década de 80 e 90 passou de 7,38 para 13 Hertz por segundo. Como conseqüências ocorreriam os desequilíbrios ambientais, climáticos, os conflitos, as alterações de comportamento. Esta alteração faria com que a jornada de 24h da Terra ficasse em 16h. E a sensação de que o tempo passa mais rápido. Será?
Para Christian Barbosa, autor de A tríade do tempo, o desenvolvimento tecnológico nos impõe a obrigação de cumprir tarefas em menor tempo e com mais agilidade.
As pessoas sentem que trabalham contra o relógio. Segundo ele, as atividades diárias – profissionais ou não – se agrupam em três esferas: a da circunstância, a da urgência e a da importância. Elas são um tipo de santíssima trindade que, juntas, tomam todo o nosso tempo. Circunstanciais são as tarefas feitas sem vontade, só para não pegar mal para o chefe ou algum amigo. Urgentes são as que surgem no decorrer do dia e que têm de ser realizadas na hora. As importantes dão a boa sensação de dever cumprido. A medida ideal é dividir seu tempo com 70% de tarefas importantes, 20% de urgentes e 10% de circunstanciais. (Fonte: IstoÉ online).
Acho que é mais ou menos por aí. Temos que trabalhar, fazer determinadas atividades. Algumas delas podem ser realizadas com prazer, embora façam parte da rotina. Como exemplo, levar as crianças ao colégio. Para rechear o dia, precisamos de satisfação e alegria. Uma dose de leitura, uma boa música, uma atividade física. Ou o simples fato de estarmos vivos. Como resultado, vamos curtir cada momento do dia com toda a importância que ele tem e o tempo passará em seu ritmo normal.

“O tempo que eu hei sonhadoQuantos anos foi de vida!Ah, quanto do meu passadoFoi só a vida mentidaDe um futuro imaginado!”
Fernando Pessoa, na poesia Andaime.

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