Imagine a cena: chego em casa, faço minhas tarefas e estou ali, de bobeira com a família, lendo ou assistindo TV, conversando. O telefone toca e eu atendo. É uma moça gentil, com sotaque diferente, de uma empresa de cartão de crédito. Ouço tudo, tento não ser mal-educada. Afinal, ela está trabalhando. Embora seja essa a quarta ligação da mesma empresa que eu recebo só esta semana.
Digo que não quero, que já tenho outro, que gosto do outro. Ela quer saber qual, quer saber qual meu limite. É invasão de privacidade mas eu respondo. Ela diz que o dela é melhor, digo que não tem problema, gosto do meu. Não adianta. Ela diz que vou estar recebendo o cartão em casa e se eu não quiser usar, não desbloqueio.
Explico novamente, não quero receber nada. Se eu quiser, vou ligar e pedir um para mim.
Ela não acredita.
Peço licença e vou desligando.
No dia seguinte falo com meus amigos. Com eles acontece exatamente a mesma coisa. As respostas são variadas. Alguns escutam tudo e dizem não, ainda que não resolva. Outros batem logo o telefone na cara. Tem aqueles que recorrem aos palavrões. Em todos os casos, elas ou eles, ligam novamente.
Houve até um caso de um sujeito que teve uma conta aberta em determinado banco sem nunca ter pisado na agência, depois ficou sabendo que tinha uma dívida e que teria que ir até o banco se quisesse encerar a maldita conta sem ser processado.
Resolvi então ligar para a empresa que atormenta. Liguei, atendeu uma gravação, optei várias vezes por números aparentemente corretos. Falei com um atendente – viva!
Expliquei tudo, que não queria nada. Ou melhor, quero que parem de ligar para mim. Ela, com a maior naturalidade, disse que eu deveria ligar mais tarde pois no momento, o sistema estava fora do ar.
Não é lindo?
Pois agora, já ensaiei a resposta. Quando uma outra ligar – é sempre uma outra pessoa, diferente daquela que já falou comigo. Vou dizer:
- Querida (o) não posso aceitar seu cartão pois o sistema de vocês tem uma falha.
Ela (e) vai perguntar:
- Senhora, qual seria a falha?
E eu digo triunfante:
- Não tem registro arquivado. Não grava as preferências e opiniões dos possíveis clientes. Portanto, não é confiável.
Ou digo que me sistema está fora do ar.
Espero que resolva. Ou quem sabe, se estas pessoas acessam a internet, se lêem minha coluna, posso mandar um recado:
Não liguem para mim!!!!!
Digo que não quero, que já tenho outro, que gosto do outro. Ela quer saber qual, quer saber qual meu limite. É invasão de privacidade mas eu respondo. Ela diz que o dela é melhor, digo que não tem problema, gosto do meu. Não adianta. Ela diz que vou estar recebendo o cartão em casa e se eu não quiser usar, não desbloqueio.
Explico novamente, não quero receber nada. Se eu quiser, vou ligar e pedir um para mim.
Ela não acredita.
Peço licença e vou desligando.
No dia seguinte falo com meus amigos. Com eles acontece exatamente a mesma coisa. As respostas são variadas. Alguns escutam tudo e dizem não, ainda que não resolva. Outros batem logo o telefone na cara. Tem aqueles que recorrem aos palavrões. Em todos os casos, elas ou eles, ligam novamente.
Houve até um caso de um sujeito que teve uma conta aberta em determinado banco sem nunca ter pisado na agência, depois ficou sabendo que tinha uma dívida e que teria que ir até o banco se quisesse encerar a maldita conta sem ser processado.
Resolvi então ligar para a empresa que atormenta. Liguei, atendeu uma gravação, optei várias vezes por números aparentemente corretos. Falei com um atendente – viva!
Expliquei tudo, que não queria nada. Ou melhor, quero que parem de ligar para mim. Ela, com a maior naturalidade, disse que eu deveria ligar mais tarde pois no momento, o sistema estava fora do ar.
Não é lindo?
Pois agora, já ensaiei a resposta. Quando uma outra ligar – é sempre uma outra pessoa, diferente daquela que já falou comigo. Vou dizer:
- Querida (o) não posso aceitar seu cartão pois o sistema de vocês tem uma falha.
Ela (e) vai perguntar:
- Senhora, qual seria a falha?
E eu digo triunfante:
- Não tem registro arquivado. Não grava as preferências e opiniões dos possíveis clientes. Portanto, não é confiável.
Ou digo que me sistema está fora do ar.
Espero que resolva. Ou quem sabe, se estas pessoas acessam a internet, se lêem minha coluna, posso mandar um recado:
Não liguem para mim!!!!!
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