quinta-feira, 24 de maio de 2007

Dia da sogra


Dia vinte e oito de abril é o dia da sogra. Quem inventou? Sei lá, algum puxa-saco.
Acho que ódio pela sogra é algo difícil de resolver. Talvez não tenha solução. Pode vir do nada, no primeiro encontro, ao primeiro olhar. Pode também ter causa justa, vir com o tempo, elaborado e profundo.
Pobre daquele ser que começa a namorar alguém que teve um relacionamento anterior muito longo e marcante. Os parentes, incluindo a já falada, vão trocar seu nome, comparar com “o anterior”. Era mais quieto, gostava de lasanha, ou não gostava de lasanha. Sempre haverá comparações, positivas ou negativas.
E se não for isso, as esposas sempre serão confrontadas com as mães dos ditos cujos, no caso, a sogra.
A comida da mãe é melhor, ela faz um doce! Como costura bem, como tem paciência com as crianças!
É difícil de agüentar.
Só entendi isso realmente quando uma amiga me contou um causo que aconteceu com uma amiga da mãe dela, a Elisa.
Elisa casou cedo, com o Artur. Prendada. Cozinhava bem, ótima mãe e dona-de-casa. A única coisa que não acertava, era o feijão. Artur sempre dizia:
- Não tem igual ao feijão da mamãe.
Elisa experimentou de tudo. Deixava de molho com várias horas de antecedência, trocava a água. Mudou o tempero, com mais alho, cebola, costelinha de porco. Não suportando mais, pediu a receita à sogra, que triunfante ditou item por item, e acrescentou:
- Não tem nada de mais no meu feijão.
Elisa repetiu a receita mas não obteve êxito e nem agradou o marido.
Irritada, nervosa, um dia queimou o feijão. Serviu assim mesmo.
Artur comeu feliz e sorridente, repetiu, e sentenciou:
- Finalmente está igual ao da mamãe.
Para mim isso explica tudo. O amor que os filhos têm por suas mães, faz com que sejam incomparáveis.
Um bom relacionamento com a família do ser amado é importante, mas nem sempre ocorre facilmente.
Mas não desista, a sogra, assim como você, também pode ser uma ótima pessoa.

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