Eu adoro fazer bolo!
Aquele da massa, com ovos, farinha, leite e fermento. Se bem que aquele que significa rolo e confusão também tem seu valor. Gosto mesmo de cozinhar. Comidas de todo o dia, arroz, feijão, bife e tudo mais. Acho que o aroma e as cores dos alimentos despertam emoções e lembranças, pois usamos todos os sentidos para percebê-los e manuseá-los. Creio que é como escrever um texto ou um poema. Vem primeiro a idéia, o sentimento, sob a forma de ingredientes. Depois a escolha das palavras, o tempero, e misturamos tudo, cozinhamos. Lemos e relemos, curtindo o aroma e o sabor, em uma prova na palma da mão.
Decoramos o prato, imprimimos. Depois servimos para uma ou mais pessoas, pode ser um banquete, um livro.
Os alimentos e as palavras - são vida. Reúnem pessoas com gostos parecidos, despertam a curiosidade. Em volta da mesa ouvimos o que os outros têm para contar e contamos também. Lugares diferentes têm sabores e autores distintos.
Os alimentos simples como as frutas, o feijão e o arroz trazem a idéia de simplicidade, de trabalho. Para mim são alimentos da infância, junto com os biscoitos e o bolo.
Cozinho praticamente todos os dias e quase todos os sábados faço um bolo. O bolo leva a energia das mãos que misturam a massa e logo espalha um aroma quente pela casa. Como palavras, convidam, chamam a família para a mesa. Pode até ser de pacotinho mesmo, funciona igual, é só testar para ver.
Pode ser um pão-de-ló que derrete na boca, como um poema do Mario Quintana. “Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.”
Talvez de cenoura, com cobertura de chocolate, que eu misturo lendo Cecília Meireles. “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.”
Sim, adoro ler poesia na cozinha, naqueles momentos de espera, em que o caldo do feijão engrossa, ou o molho rouba o sabor da carne, ou o bolo cresce.
O bolo que pode ser de café, para comer em prato todo branco acompanhado de licor e de Drumond. “Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?”
Os bolos são como as pessoas. Cada um com seu sabor, seu recheio ou cobertura. No decorrer da vida aprimoram a mistura, cozinham no fogo suas dificuldades, fazem seu fermento agir. Crescem e transformam-se em pessoas melhores.
Ou simplesmente abatumam.
Aquele da massa, com ovos, farinha, leite e fermento. Se bem que aquele que significa rolo e confusão também tem seu valor. Gosto mesmo de cozinhar. Comidas de todo o dia, arroz, feijão, bife e tudo mais. Acho que o aroma e as cores dos alimentos despertam emoções e lembranças, pois usamos todos os sentidos para percebê-los e manuseá-los. Creio que é como escrever um texto ou um poema. Vem primeiro a idéia, o sentimento, sob a forma de ingredientes. Depois a escolha das palavras, o tempero, e misturamos tudo, cozinhamos. Lemos e relemos, curtindo o aroma e o sabor, em uma prova na palma da mão.
Decoramos o prato, imprimimos. Depois servimos para uma ou mais pessoas, pode ser um banquete, um livro.
Os alimentos e as palavras - são vida. Reúnem pessoas com gostos parecidos, despertam a curiosidade. Em volta da mesa ouvimos o que os outros têm para contar e contamos também. Lugares diferentes têm sabores e autores distintos.
Os alimentos simples como as frutas, o feijão e o arroz trazem a idéia de simplicidade, de trabalho. Para mim são alimentos da infância, junto com os biscoitos e o bolo.
Cozinho praticamente todos os dias e quase todos os sábados faço um bolo. O bolo leva a energia das mãos que misturam a massa e logo espalha um aroma quente pela casa. Como palavras, convidam, chamam a família para a mesa. Pode até ser de pacotinho mesmo, funciona igual, é só testar para ver.
Pode ser um pão-de-ló que derrete na boca, como um poema do Mario Quintana. “Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.”
Talvez de cenoura, com cobertura de chocolate, que eu misturo lendo Cecília Meireles. “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.”
Sim, adoro ler poesia na cozinha, naqueles momentos de espera, em que o caldo do feijão engrossa, ou o molho rouba o sabor da carne, ou o bolo cresce.
O bolo que pode ser de café, para comer em prato todo branco acompanhado de licor e de Drumond. “Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?”
Os bolos são como as pessoas. Cada um com seu sabor, seu recheio ou cobertura. No decorrer da vida aprimoram a mistura, cozinham no fogo suas dificuldades, fazem seu fermento agir. Crescem e transformam-se em pessoas melhores.
Ou simplesmente abatumam.
1 comentários:
Concordo.Eu também gosto de cozinhar, mas bolo tem encanto, a forma como cresce, fofinho e leve,a beleza dourada do bolo de aipim ou a fofura do formigueiro, chocolate, nata, ou o molhadinho do milho; cada um tem caracteristicas que herdam de um ingrediente que foi modificado.Com café, chá ou cobertura de chocolate,amo.
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